domingo, 27 de setembro de 2009

Sim,este post já cá devia ter aparecido há muito tempo.Mas sabem, esta cidade engole-nos misteriosamente as horas do dia; acho que é de tantas coisas que há para ver e para fazer e sobretudo de tão grandes as distâncias que temos de percorrer para chegar de um sítio ao outro.E depois há outra coisa, é que eu quando ponho os dedos sobre o teclado para escrever alguma coisa nunca sei exactamente onde começar, o que contar e o que deixar ignorado, visto que o comboio já está a andar há algum tempo, já passou por algumas paisagens e podemos olhar por muitas janelas diferentes...
Depois de tanta hesitação, optei hoje por não deixar o blog inútil por mais tempo, mesmo não sendo possível o grau de desenvolvimento e detalhe que gostaria de alcançar, e contar apenas um pouco do que foi este fim de semana! Ontem, Sábado, dia 26 de Setembro, saí de casa para me encontrar em Termini com a Salomé e com o Miguel, que é um estudante erasmus de clásicas de Coimbra, porque alguém tinha ouvido dizer que os museus da cidade teriam neste dia entrada gratuita, e por improvável que fosse, resolvemos ir tentar a sorte, e confirmar ou desenganarmo-nos...Rapidamente percebemos que o boato era meio verdadeiro:podiamos entrar de graça em todos os museus estatais da cidade. Como começámos tarde, a Salomé teve que se ir embora para almoçar na residência ainda mal tinhamos visto o primeiro museu, que foi o da Cripta de Balbo. Seguimos depois, atrás de uma dica do tio Isaías, para o museu do Palazzo Altemps, onde estivemos perdidos sem olhar a horas a vaguear pelas belas salas de tectos pintados povoadas por brancas figuras de mármore. Umas rígidas,de dimensões monumentais, outras humanas de tão proporcionais e "flexíveis"... O mais giro foi que o Miguel deve saber quase tudo o que há para saber de mitos e de deuses, e mesmo da história de Roma Antiga, por isso quase de cada vez que parávamos diante de uma estátua havia uma pergunta da Beatriz e uma história como resposta, o que tornou tudo muito mais interessante. Seguiu-se o Castelo de Sant' Ângelo (com várias Igrejas pelo meio, que a gente pelo caminho, de cada vez que encontrava uma, entrava). O que de mais notável tem esta visita ao Castelo Sant'Ângelo é sem dúvida a vista que oferece sobre Roma, cada vez mais abrangente e espectacular á medida que se vai subindo e espreitando por janelas até ao terraço, donde podemos então espraiar o olhar pela "cidade salpicada de cúpulas", como disse o Miguel, e demorar-nos a admirar São Pedro no seu coração.
Hoje, Domingo _ não, ainda não foi desta que fui ver o Papa; fui a Porta Portese com os meus colegas de casa para comprarmos algumas coisas de que precisávamos. Chiii! Aquilo nunca mais acaba! E tem de tudo,tudo,desde coisas comuns e muito úteis até ás mais insólitas, como uma máquina fotográfica que dá para revelar a foto instantaneamente, livros antigos, partituras velhas a desfazerem-se, tigelas tibetanas que fazem música, discos de cantores que ninguem conhece, violinos,clarinetes e trompetes em segunda mão,e tudo o que vos possa passar pela cabeça.
Á tarde, Missa em Santo António dos Portugueses.Quando acabou, a Senhora Sipriana pagou-me um gelado no Gioliti, que estava apinhadíssimo de gente.Lá estive com ela, mais a senhora Engrácia e dois seminaristas (pelo menos pareceram-me), antes de entrarmos para o concerto do Giampaolo Di Rosa. O concerto foi só de improvizações.Uma hora de profundo deleite, com aquele Òrgão a impor-se no espaço, nos ouvidos, no pensamento.Os erasmus portugueses de alojados por Sto António foram todos assistir, por isso voltámos juntos para casa, passando pela F Fontana di Trevi;melhor maneira de acabar o fim de semana não haveria.
Com inveja? Não pretendia!...

sábado, 19 de setembro de 2009

Querida família, queridos amigos! Este post serve apenas para apresentar o blog:Chegadas a Roma para começar um semestre de Erasmus decidimos (a Salomé e a Bea) que era uma óptima maneira de fazer chegar aos nossos que ficaram desse lado o que vamos vivendo aqui, e de fazê-lo diariamente (bem, pelo menos tendencialmente diariamente). É que, embora fosse mil vezes preferível a comunicação com cada um a esta comunicação geral, essa só é praticável com uma menor frequência... Assim, mandando notícias regularmente e na esperança de que nos vão seguindo, sempre havemos de sentir que acompanham mais o nosso dia a dia, ainda que a 2400 km de distância. Ora uma, ora outra, ora em nome próprio, ora em nome das duas, vamos procurar trazer para aqui novidades, impressões e histórias.
Aguardem então notícias nossas...Até breve!
Bea e Salomé